29 de junho de 2008

Mundo melhor!

Falar de quê? Para quê? Quantas vezes nos perguntamos “qual é o objectivo afinal?”. E aí reflectimos e percebemos que muitas vezes, o objectivo até nem é nenhum. E daí? É preciso um objectivo? O vento quando corre, terá um objectivo? Vamos parar e reflectir sobre o que queremos da vida .

Eu? Eu quero um mundo melhor! Qual frase feita não é verdade? Um qualquer slogan de uma qualquer campanha… Mas e então? Só as campanhas têm direito a ter esse tipo de vontades? Assim como há as pessoas que querem um pastel de nata, podem haver as que querem um mundo melhor. Utópicos? Quem disse isso? É favor de irem chamar nomes a quem vos pertence! Olha agora, tenho de levar com engraçadinhos.

(fica já escrito que no meu mundo melhor não há cá engraçadinhos desses)

Mas queres um mundo melhor como? Não sei, se calhar nem é melhor.. Mas olha o que sei é que é diferente deste, que nós temos. Não me apetece mais este mundo, sabes? Não gosto dele e cada vez tenho mais dificuldade em viver nele. Mas tens de te aguentar, é o mundo que temos. Que vais fazer? sujeita-te!

Sujeito-me? não. Não me sujeito. É assim que o mundo é, mas não é assim que eu sou. Tenho de viver de acordo com o que o mundo quer de nós, ou de acordo com aquilo em que acredito? Aquilo em que acredito! E em que acreditas afinal, diz-nos lá? Nem sei… mas sei aquilo em que não acredito, exacto. Sei bem aquilo em que não acredito, e sei bem que não me quero sujeitar ao que não acredito e não me parece bem… E então, que queres? Viver à margem do mundo? Espera, já sei, queres mudar o mundo?

Mudar o mundo… olha é isso. É exactamente isso, eu quero mudar o mundo. E achas que vais conseguir? Provavelmente não. Mas posso mudar o meu, pelo menos. Assim o teu mundo vai ser diferente do resto do mundo!

E se for? E se o meu mundo for diferente de tudo o resto? Quero lá saber, é meu!

22 de junho de 2008

Histórias no Metro IV e Reflexão

E também há as personagens cómicas que adormecem (umas vezes de olhos fechados e muitas outras de olhos abertos) e quando acordam percebem que o metro já está parado na estação que querem sair há já algum tempo (como aconteceu no outro dia na Alameda) e correm para a porta a gritar

“Alameda! Alameda! Alameda!”

talvez com esperança que a Alameda não fugir e não esperar por ela.

E são essas histórias que no fundo me trazem de volta à vida. Enquanto me misturo no meio da multidão assisto a estes enredos que me fazem rir, ao recordar, e anseio pela chegada a casa para finalmente poder descansar os pés e lamentar-me que nesta vida não há tempo para nada e quão cansada eu estou, porque reclamar, faz parte da vida. Anseio por esse momento de por as chaves à porta e chegar. Porque só quem é privado desse momento por tantos meses (para mim foram tantos) consegue dar valor. Chegar. Chegar a casa. Dizer

“Boa Tarde!”

Porque já todos chegaram e eu, para variar, não estava lá para ver.

E sem ter certezas de nada, nem sequer se o dia me satisfaz, naquele momento,

Vale a pena!

Hitórias no Metro III

Depois, no metro, há aquelas pessoas cujo papel é “chatear os outros”. Ou é porque as empurraram, ou é porque lhes roubaram o lugar, ou é porque não lhes dão o lugar, ou, a mais frequente, porque não dão lugar a determinada pessoa que não elas.

Saem assim, em sua defesa, e naquele momento quase que acredito que têm um canudo de Direito

“Dêem o lugar a este senhor! Mas ninguém dá lugar ao senhor? O senhor tem de se sentar”

E numa dessas vezes, estava a senhora a meio da sua revolta quando o senhor diz

“Oh minha senhora obrigada, mas é que eu não posso dobrar as pernas!”

E eu não consigo deixar de rir!

Histórias no Metro II

Nunca gostei de andar de metro, tudo bem que é mais rápido, mas aquilo irrita-me! Mas aprendi que no metro somos todos amigos, não só porque vamos bem juntinhos mas também porque se fala da vida sem qualquer problema de a expor.

Assim, facilmente fico a saber que existe um indivíduo que entra no hi5 da namorada, muda-lhe aquilo tudo e ela nem se sente muito invadida. Fico a saber ainda que a amiga dessa se chateou com a melhor amiga mas que lhe queria devolver o livro de Geografia do 10º ano, não fosse fazer-lhe falta.

E sei também que a irmã do fulano que traiu e deixou determinada senhora

“Deixou-me não, porque eu é que o deixei depois de saber a merda que ele andava a fazer, até fiquei enojada e fui logo fazer exames”

foi hoje traída e deixada pelo irmão da dita senhora. E que a mãe da fulana e do irmão pagou pela língua

“A merda que o filho me fez ela achou bem, mas agora que o meu irmão fez o mesmo à filha dela ela já acha mal. Pois é, paga-se sempre, mas quem fala não é quem paga na pele.”

E fico a saber isso tudo e ponho-me a pensar, as pessoas expõe-se de tantas formas, porque não também no metro (e ali até somos todos amigos)? E aí até tenho vontade de dizer

“Pois é! Haviam de pagar todas, são umas cabras. E eu? Vocês sabem lá da minha vida!”

E contava… Mas não, fico calada e contínuo a ouvir a história daquele livro cujo título só pode ser

“A Outra merda!”

Histórias no Metro I

A vida? A vida acontece nos transportes públicos, mais especificamente no metro! Gosto de ler, caramba, o que eu gosto de ler, mas se não gostasse, bastava-me passar uma ou duas horas por dia no metro e assistia a belíssimas historias dignas de qualquer romance.

Temos de tudo, desde o trágico ao cómico…acabando tudo por me fazer rir. E o que eu gosto de rir! Se pudesse passava o dia a chorar…de tanto rir!

Agora que regresso à vida, à rotina diária do ir e voltar, partir e chegar, volto a cruzar-me com pessoas, tantas, que me proporcionam várias emoções. A primeira delas, admito ser um misto de angústia e uma certa - enorme – irritação que está ligada ao facto de não me conseguir mexer dentro do metro! Dou por mim a arranjar esquemas, como entrar em determinada zona da carruagem, apanhar o metro seguinte, e sei lá mais o quê. Quando vejo chegar a hora de apanhar o metro, começo a ficar nervosa. É que, palavra de honra, não se consegue mexer nem tão pouco respirar ali dentro. E eu, tenho esta mania parva de respirar a toda a hora.

Um destes dias, entrei em choque quando fui literalmente empurrada para dentro do metro. As portas iam-se fechar e as pessoas, em vez de pensarem “Não cabe mais ninguém, apanhamos o próximo”, não. Pensaram “não há espaço, então vamos empurrar as pessoas bem empurradinhas, apertamo-las bem, que é para caber lá mais gente, se eventualmente morrer alguém, na próxima estação atira-se lá para fora e sempre é mais um espacinho que fica”.

As pessoas não têm tempo, têm muita pressa e correm de um lado para o outro, mas quando a selecção joga, o país pára. É. Não sei se ria ou se chore!

11 de junho de 2008

Alguém os viu?

Deixei o meu coração em qualquer lado e hoje, não o encontro. Apetecia-me usa-lo, vestir-me com o meu coração e sair à rua pronta a mostra-lo. Mas não o encontro. Sem coração saio à rua como igual ao resto da multidão. Não sou reconhecida porque sou nada. Sem coração não tenho nada para dar.

Desiludida por não poder sair à rua com o meu coração decidi calçar-me de sonhos. Qual não foi a surpresa quando me percebi que também não os encontrava. Terei os deixado junto ao meu coração?

Saio à rua despida, descalça, o frio corta-me a pele. Surgem-me feridas em lugar coração, dos sonhos. E dói-me em todo o lado, e não sei onde. No lugar do coração tenho uma nódoa negra, em vez dos sonhos, feridas.

Enquanto caminho despida, todos me olham, ninguém me vê. Tenho frio.

Se encontrarem o meu coração, reparem que junto do mesmo devem estar os meus sonhos, e façam o favor de mos devolver.

7 de junho de 2008

Sexo e a Cidade, o filme!


O filme... Gostei! Do princípio ao fim. É grandinho sim senhor, mas ao preço que os bilhetes estão eu acho muito bem que os filmes sejam grandes, há que fazer render o peixe! E gostei, porquê? Porque é bonito, glamoroso, fabuloso, suave, romântico, real... Lição principal, de uma forma ou de outra, o amor acaba sempre por acontecer. E ainda, nem sempre as opções que nos parecem "normais" são aquelas que realmente nos fazem felizes!

E que bom foi reviver as grandes personagens deste filme/ série.

A voz que não se cala...

Quais são realmente as tuas prioridades?
O que pretendes da vida afinal?
Quem és?
...
Quando foi a última vez que te sentiste feliz?

Respostas que não aparecem, algo não está bem.

4 de junho de 2008

Ai é?

Ai a culpa é minha?
Ai é minha a culpa?
Ai é?
Ai é?
(...)

Ai que vontade de rir!!

3 de junho de 2008

Sentimento novo...

Assisto na primeira fila a um filme que não tenho a certeza se gosto. Vejo a vida acontecer (me) do lado de fora. Confundo-me com as personagens, não sei se estou lá ou aqui. Mas contínuo a fazer parte desse filme que assisto do lado de fora. Vou continuando. Ainda não tenho a certeza se gosto. Não sei se alguma vez terei essa certeza.

É terça feira, estou cansada e tenho sono, quase que me esquecia do que era isso. Não é mau. Não é mau.