27 de julho de 2008

Não sei.

Parece-me tão complicado...

Será que é?

Mil e uma vidas...

Nas mil e uma vidas que inventei, fui e sou tanta coisa. Numa dessas vidas, sou tua. Não me peças pormenores que não serão suficientes para te descrever o que é nosso. Sei que me vais ridicularizar e provavelmente, ridícula sou, mas ainda assim, nessa vida em que tua sou, nada de ridículo há em mim (nós).

E nessa vida, somos iguais ao que somos na realidade, com a única diferença que é no teu corpo que viajo e em ti que me seguro. És tu que ditas as regras e tu que dominas. Nessa vida não tenho medo porque sei que me vais proteger. Não penses que é uma vida de mar de rosas, não é. Imagino também tudo o que de mau pode acontecer, mas sabes, no fim damos sempre a volta por cima…o que nos une é bem mais forte.

Não te julgues especial, se como te disse, são tantas as vidas que invento, e tal como tua sou, serei de mais alguém. Em cada vida que invento sou de alguém diferente, e sou ao mesmo tempo livre, porque a liberdade é o que sempre procurei. Sou tantas personagens como as que sonho nos filmes, vivo nas novelas e imagino nos livros. Sou de todas as formas menos da que sou…Já inventei de tudo, acredita. Mas sei que haverá sempre mais para inventar.

Por inventar tanto talvez me tenha esquecido ao que vim, o que sou…mas não há tempo para perder com a realidade com o tanto que se pode inventar. Eu sei, talvez no fundo, não seja nada, não tenha nada. É mais do que certo isso…mas

numa das mil e uma vidas que inventei, eu sou tua.

Outras falas, outras personagens...

"- Quero-te levar para a cama!

- Hã?

- Sim, não disfarces. Bem sei que já sentiste a química entre nós. Sei que é só isso, uma atracção, mas quero, preciso te levar para a cama. Só uma vez, para saciar esta vontade.

- Temos um problema então.

- Sim eu sei o que vais dizer… que isso vai estragar tudo e não sei quê…mas..é só uma vez e eu sei que queres tanto como eu.

- O problema não é esse…

- Então?

- O problema é que eu não quero que me leves para a cama…

- Não, mas..

- Quero ser eu a levar-te!"

E tu?

Desdobro-me em tantas quanto me é (im)possível. Sou uma e tantas outras. Estou onde posso e não posso. No final, esqueço-me quase da ideia original. Onde estava? Em que patamar? Dou-te tudo, juro-te. Dou-te tudo o que está ao alcance dos meus braços. Dou-te mais. Vivo para ti se for preciso. No fundo, já nem me lembro do que nos une…

Sei de ti…sei o que precisas…e tu, o que sabes de mim?

25 de julho de 2008

Um Abraço!


Um abraço…para quem tem problemas de intimidade um abraço pode ser um momento bastante constrangedor. Às vezes acaba por ser um abraço, que nem abraço chega a ser. No fim, quando o abraço é bem abraçado, acaba sempre por saber bem. Sabe a carinho, a apoio, a alguém do nosso lado… Pedir um abraço… não se pede, oferece-se.

Será que se tem de pedir?

Abraçar por abraçar, não tem nenhum significado. Mas há abraços, que nos ficam, que ficam marcados na nossa pele. Há abraços que nos lembram quão importantes são certas pessoas na nossa vida… Há abraços que nos lembram a razão delas existirem. Há abraços que nos deixam encabulados sim, mas chegam a nos emocionar.

Tenho alguns, guardados na minha pele...

23 de julho de 2008

Tolerância


"Como água no deserto
Procurei seu passo incerto
Pra me aproximar
A tempo

O seu código de guerra
E a certeza que te cerca
Me fazem ficar atento

Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente

Pra falar de tolerância
E acabar com essa distância
Entre nós dois

Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar

Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei

Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar

Como lava no oceano
Um esforço sobre-humano
Pra recomeçar
Do zero

Se pareço ainda estranho
Se não sou do seu rebanho
E ainda assim
Te quero

É que o amor é soberano
E supera todo engano
Sem jamais perder
O elo

E é por isso que te espero
E já sinto a mesma coisa em seu olhar

Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar

Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei

Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar"

Ana Carolina

21 de julho de 2008

Detesto

Não gosto das noites. Nunca gostei. Não me lembro de coisas muito boas que me tenham acontecido de noite. A partir do momento em que o sol desaparece é como se o dia morresse, e a noite...a noite nada mais promete que o abismo. Todos os males despertam, e não temos para onde fugir, é noite em todo o lado. São 1h15 e eu quero já o dia! Anseio pelo despertar do sol, pelo sons e movimentos da rua, e acima de tudo, por um sitio para onde possa fugir. Mas a noite não passa, confino-me ao cubículo que me resta... As noites..desde o dia em que nasci, foram quase sempre infelizes.

Detesto igualmente o cheiro de lençóis e toalhas lavados. Detesto, também, os sons repetitivos.

Tenho sono.

20 de julho de 2008

Constatações

Nunca sentiram que, por vezes, ninguém vos leva a sério? Ou que cada vez têm menos pessoas à vossa volta?

De quem será a culpa?

Já pensaram se, disponibilidade a mais pode ser um erro?

Fazendo um balanço, ouço a palavra "Não" o dobro das vezes que a digo.

É. Às vezes sinto que ninguém me leva a sério. Tudo o que digo tem graça, mesmo que não tenha.

Apenas um desabafo...

17 de julho de 2008

Dialogo desconexo III

"- Vais e vens, porque é a única forma que sabes estar no mundo. Talvez a única que te ensinaram, se calhar a única que queres… Mas um dia, vais-te apaixonar loucamente por mim e não mais vais querer ir, mas aí, vou-te dar um bilhete de ida e nunca mais te vou querer ver!

- Isso mais parece um texto de uma novela..e das fraquitas!

- O quê? É só isso que tens para dizer?

- Que mais queres que te diga?

- Tiras-me do sério…Sinceramente!

- Oh, e não é por isso que gostas de mim?

- Pára…sabes bem ao que me refiro. Não tens medo que eu desista?

- Tu não entendes? Temos diferentes formas de amar, de ser… Eu não preciso de dizer a toda a hora que te amo, não sei dizer aquelas coisas todas que tu queres ouvir, não sei falar de amor a toda a hora… Mas não é por isso que eu te amo menos. Não vês isso? Enquanto te preocupas com essas coisas não vês que os meus olhos se abrem mais quando te vejo entrar, que sorrio sempre que digo o teu nome…que o medo de te perder é tanto que chego a sufocar e por isso tento me mostrar menos dependente…não vês?

- Depressa lhe apanhaste o jeito…

- Hã? Para quê?

- Para novelas amor…para novelas…

- És realmente estúpida!

- E não é por isso que gostas de mim?"

13 de julho de 2008

Indefinido (a)

"“Às vezes dá-me cada uma…” disse-te isto há coisas de segundos, e deixei-me ficar a pensar… Dão-me muitas, mas muitas das que me dão, direccionam-me sempre para ti… Porque será? Volta e meia as minhas viagens vão ao teu encontro. Sinto-me sempre esquisita depois, primeiro porque não entendo, depois porque sei que não te quero.

E mais uma vez vou-te magoar. Vou-te enganar. Faço-te acreditar que te quero e que me vais ter, para logo depois me afastar, fugir até. Nestas alturas sinto-me má pessoa. Não me sinto apenas, sei que o sou. Estás agora a pedir-me atenção, a pedir-me mais, e eu a pensar numa qualquer desculpa…

Um dia, talvez tenha coragem de te dizer “Não te quero! Nem a ti, nem a ninguém… quero-me apenas a mim e à minha ideia.”

Pode ser que te canses primeiro..."

11 de julho de 2008

Dialogos desconexos II

"- Vamos falar…

- De quê?

- Sei lá…Disto e daquilo…falar só…

- Não me apetece.

- Queres ver um filme?

- Nem por isso…

- Queres ir dar uma volta?

- Não, apetece-me ficar por casa…

- Que queres afinal?

- Quero que percebas que eu não sou para ti… nem para ninguém. Que no meu mundo só existe espaço para mim, e que vou sempre fazer o que me apetecer.

- Já estamos a falar…

- Porque me apetece!

- Será? Se calhar arranjei uma forma de no teu mundo conseguir que tu faças aquilo que me apetece a mim.

- Cala-te!

- Beija-me!

- Se eu te beijar, vais-te calar?

- Claro, tudo o que tu quiseres…."

8 de julho de 2008

Diálogo desconexo

- "Sou mais de ouvir…

- Mas ouves bem?

- Nem por isso… Ouço atentamente.

- Mas se não tens bom ouvido…

- Quem disse que não tenho bom ouvido?

- Disseste que não ouvias bem!

- Que importa? Sou a única que te ouve quando falas nas entrelinhas.

- Ah… E quando me calo?

- Entendo-te como ninguém!

- Quando falo baixinho?

- O teu sussurro é um grito nos meus ouvidos…

- És esquisita!

- Diz? Não ouvi…

- Amo-te!

- Ah isso, eu também te amo!"

Hoje...

"Hoje quero estar contigo. Abraçar-te, tocar-te, beijar-te… Quero gritar o teu nome quando pensar que já não tenho voz. A voz que me tiras com o teu jeito. Quero perder-me no teu corpo, viajar em ti. Quero descobrir novos caminhos em ti (porque sei que sempre serás uma novidade).

Hoje quero que me ames de um modo violento, que me deixes marcas para que todos saibam que sou tua, apenas. Quero que me deixes marcas para não me esquecer, amanhã, de como foi amar-te hoje. Quero amar-te hoje com mais intensidade de que nos outros dias. Não me perguntes porquê, quero-te apenas sentir. Muito.

Hoje quero que após uma discussão em que digo que me vou embora, me agarres no braço e me beijes loucamente. Quero que me digas que sem ti não vou a lado nenhum porque me amas e que não adianta ter medo.

Hoje…não quero despertar…"

Por mim, em qualquer sítio

4 de julho de 2008

Conclusões

Às vezes era preferível estarmos calados...

Há pessoas que mais valia estarem sempre caladas...

A vida é uma aprendizagem! Shiuuuu

2 de julho de 2008

Rescaldo

Porque lutas quando já não há força? Porquê que acreditas quando tudo te prova não ser possível acreditar? Porquê que não desistes quando já nada faz sentido? Porquê que caminhas quando os teus passos não te levam a lado nenhum?

Acreditar em quê? Para quê?

Como queres que acredite nos teus olhos cheios de nada? Como continuar se nada me prometes? A ausência de um caminho, em ti, em mim... Olhar para onde? Vencer ou ser vencida?

Imagens que não desaparecem quando fechas os olhos...dias que arranham, memórias que sangram. Começar de novo, tábua rasa!