31 de dezembro de 2008

Bom Ano!

Então que seja um Bom Ano para todos Nós! Entrem com os dois pés, para que não se atrasem. Que este ano seja o ano de muitas concretizações!

O meu ano vai ser bom. Aposto. O ser um ano ímpar já é meio caminho andado.

Bom Ano!

Apanhado

E é isso, o ano a poucas horas de acabar. Não foi o meu ano mais espectacular, mas não sei que foi o pior. Tenho a feliz capacidade de saber encontrar algo bom dentro do mau. O bom que às vezes está nas coisas simples.

Sei que chorei muito este ano. Se calhar foi o ano que chorei mais. E ninguém viu. Mas quando me ri, e tanto que me ri, muita gente viu, e é isso que me interessa. Nem sequer gosto de chorar. O que eu gosto é de me rir!

Mas não foi para isso que cá vim. Não senhora. Vim cá para fazer um apanhado das coisas que me fazem lembrar 2008. Coisas boas, essencialmente. Aqui vai.

Filme:

Mamma Mia!


Livro:


Lições do Abismo - Daniel Sampaio (reli)

Nunca Ninguém Sabe - Simone de Oliveira

Música:

Por uma Noite - Kleph

The Story - Brandie Carlile

Série:

Anatomia de Grey (sempre)

Peça de Teatro:

Elixir do Amor

Viagem:

Trás-Os-Montes

Café:

Moka - Starbucks

Dia:

06 de Dezembro

Momento mais marcante:

O meu primeiro (e esperemos único) acidente de carro


A minha primeira vez:

Na Portugália

Mais coisa menos coisa, é isso.

29 de dezembro de 2008

Balanço de 2008

Vamos imaginar que fazia um balanço do ano de 2008. Pensei nisso hoje e não cheguei a grandes conclusões… Por mais balanços que faça, não vou chegar a nenhum lado específico…

Mas imaginemos que sim, que fazia um balanço. Os dias que passei em casa. Acho que nunca passei tanto tempo em casa, como este ano. Talvez tenha passado quando era ainda criança. Na minha balança acima de tudo, o que tem mais peso são esses dias. Se é isso uma coisa má? À distância digo que não. Nos dias em passei em casa, houve momentos que desesperei, confesso. Mas no fundo, cá para nós que ninguém nos ouve, não foi assim tão mau. E eu explico-vos, os dias passados em casa, o presente, não é assim tão desesperante. Aborrecer-me em casa é difícil, tenho lá tudo aquilo que gosto e me entretém. O desesperante é não ver nada para a frente.

Hoje não passo os dias em casa, mas contínuo sem ver nada para a frente. Aquele vazio enorme diante dos meus olhos, o não saber. Isso é desesperante. Isso é um ponto mau. No fundo, isso foi o mau de 2008. Com isso vieram outras coisas. Pensamentos e reflexões sobre pormenores angustiantes, porque quando se tem tempo é bom, pensa-se muito. Mas quando se tem tempo, e se tem tempo a mais, pode se dar o caso de se pensar demais, e muitas vezes, pensar em coisas não tão boas. Porque estão lá, apesar de nunca termos tempo para as ver.

Mas depois, o tempo proporciona-nos momentos muito interessantes de descobertas. E às vezes mudamos, ou aproximamo-nos mais daquilo que somos, e isso é bom. E nessas alturas também percebemos quem são as pessoas com quem podemos contar. E às vezes aprendemos aquilo que é realmente importante na vida, e perdemos a paciência para parvoíces, mesquinhices, hipocrisias, porque a vida não é isso. E se calhar passados 365 dias, eu sou uma pessoa com menos paciência, mais irritadiça, mas provavelmente com mais consciência.

Acabo o ano com expectativa e medo. Um medo que vem de algo bom, que não quero que deixe de ser, a expectativa das coisas boas que me vão acontecer no ano que entra. Porque eu sei que sim.

Digam-me lá...

Qual é a coisa, seja ela música, filme, livro, personalidade, situação, fenómeno, facto, momento, da vossa vida, da vida social, do mundo, o que for, que destacam do ano de 2008? Aquilo que vão associar sempre a este ano,

o que é?

Colaborem =)

P.S. Não respondam "a crise", peço-vos! =s

Às vezes

A música
"(...) só estou bem, aonde eu não estou, porque eu só quero ir, aonde eu não vou (...)"
Tantas.

23 de dezembro de 2008

Querido Pai Natal,

Como te encontras? Nem imagino a agitação destes dias, não deves parar...mas tens de ter paciência, é um ano inteiro a descansar e a preparar estes dias, há-de passar, palavra!

Gosto muito de ti, e das tuas barbinhas brancas e da tua barriguinha, e de quando dizes "Oh Oh Oh". Ficas desde já a saber. Às vezes podia até nem gostar de ti, ser puramente interesseira, dizer que gosto só para me dares o que quero, mas na verdade não te suportar. Mas não é isso que acontece, podes crer.

(estou-te a tratar por tu, não sei se te incomodas com isso?)

Olha Pai Natal, por gostar tanto de ti, e por seres tão meu amigo (umas vezes mais do que outras, é certo), quero-te dizer que não precisas passar pela minha chaminé. Já tens tanto que fazer, ó Pai Natal, vais agora dar-te ao trabalho de lá passar? Na verdade, quanto a mim já estou satisfeita. Já me deste uma grande prenda, sei que sim. E é uma prenda daquelas que ficam, das para sempre, eu sei. Para quê incomodares-te mais? Para o ano voltamos a falar, fazemos um balanço, e logo se vê o crédito que tenho (ou não). 'Tá bem, ó Pai Natal?

Há pessoas que, tenho a certeza, precisam que passes na sua chaminé, mas essas se calhar, nem chaminé têm...consegues resolver isso? Tenho pensado nas pessoas que vão passar o Natal numa cama de um hospital... Não consigo imaginar o que isso é. Às vezes é tão difícil passar uma noite numa cama de hospital... E é mais difícil ainda uma noite de fim de semana num hospital. Por essas razões me custa pensar nos que passam a noite de natal numa cama de hospital... Tantas acções de solidariedade, tantas festas, tantas coisas que se fazem nos Hospitais nesta época, mas e na consoada? Também vão lá as figuras públicas dar presentes e comer um bolo rei? Arrogância e hipócrisia da minha parte pensar isto, eu sei. Mas ainda assim, penso.

E tu, Pai Natal?

Obrigada pela parte que me toca. A sério, obrigada. E um Feliz Natal.

P.S. Um post que se seguia cómico, foi ficando sério. Desculpem, mas a vida é mesmo assim.

O Natal chegou ao perdida's spot

22 de dezembro de 2008

Ficou por dizer...

Sabia o exacto momento em que ias chegar. Esperei pacientemente, por aquele momento. Durante dias, não pensei em muito mais. Tu chegaste, e eu ali parada, o mundo à volta parado. Eu, concentrada a ver-te chegar. Queria beber as tuas palavras, saboreá-las uma a uma. Queria decorá-las, para que no futuro, sempre que me lembrasse, tu voltasses a chegar. Dias, semanas, tanto tempo que eu esperei. O mundo parado e tu a chegares. Não sei como nem porquê, mas quando começaste a falar, despertaram-me da minha vigília. Acordaram-me para um mundo, o real, sabes? Tu falaste e eu não ouvi. O mundo continuou, nada parou. Quando saíste permitiram-me que voltasse a sonhar, mas…já não queria, já não era a mesma coisa. Tu tinhas dito tudo o que esperei ouvir, e eu, sem ouvir. Doeu, sabes? Doeu sentir que não podia parar o mundo, só para te ouvir.

20 de dezembro de 2008

Yei!!!!

=)

Diz que posso festejar. Mais coisa menos coisa. E eu que sou de festejar, quando a ocasião faz merecer, tudo bem.
Agradecer a quem? Ao Pai Natal, entre outros.

Hoje

A música "Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida".
Até parece.

17 de dezembro de 2008

16 de dezembro de 2008

Travagens

Apetecia-me travar, bruscamente. E ficar parada. Até passar.

Pausa

"Acordas sem dormir e sais pra rua apressada
Caminhas suavemente iluminada
Atiras o teu corpo como se voasses no vento
Passo a passo perdes-te no tempo
E o mundo vai na tua mão e voas sem sair do chão
E cantas pra acordar a tua voz
E os loucos riem-se de ti
Cantam, dançam para ti
E vão ficando menos sós
E o mundo vai e voas sem

Regressas ao lugar
De onde então nunca saiste
Abraças o que de ti ainda resiste
Devolves ao espelho o teu disfarce lunar
Descansas, deixas-te ficar"

Classificados

13 de dezembro de 2008

Ainda sobre transportes, o contraste...

Já repararam que há poucas coisas tão lentas como a fila para entrar num autocarro? As pessoas têm todas muita pressa mas no que toca a entrar no autocarro, vão literalmente a pisar ovos. Literalmente talvez não, já olhei para o chão e ovos nem vê-los. Portanto, figurativamente, as pessoas vão figurativamente a pisar ovos.

Eu que sou de pensar, já me questionei se haveria uma operação stop na entrada de cada autocarro, ou uns senhores com detectores de metais...Mas não. Não há absolutamente nada, e a verdade é que, a partir do momento em que se põe o pézinho dentro do dito transporte, começa-se a andar muito mais depressa. É o quê, a força da gravidade? Não entendo. Parece que vamos todos numa procissão de Nossa Senhora de Fátima, a sério, parece mesmo. Um dia ainda nos aparece a dita, a dizer segredos. E eu não sou de segredos, estou já a avisar.

Jungle

As pessoas são capazes de tudo para conseguir entrar no Metro.

Um dia atrás do outro.

Ontem esperei até te ver. Por fim chegaste, vi-te e fiz das tuas palavras as minhas. Fiz das tuas palavras versos. Espero-te todos os dias, sei onde vais aparecer e porquê, e sei que quando falas é para mim. Mesmo que não saibas quem sou, sei que falas para mim, que tudo em ti vive em direcção ao momento em que me encontras. Enquanto isto vou-te esperando, ansiosamente, e conter o ar quando apareces, para que não estrague nada do momento. Quando sais, não penso em mais nada, vejo e revejo todas as letras que saíram da tua boca, desenho o teu sorriso e os teus olhos. E é o suficiente até te voltar a ver. O suficiente enquanto te espero.

11 de dezembro de 2008

Relativamente ao post anterior....

Tenho pensado para mim que a expressão “Não tenho dinheiro nem para mandar cantar um cego” é um quanto ao quanto esquisita. Se não vejamos, ou vejo eu, porque só posso falar por mim (atenção, esta expressão “se não vejamos” não foi aqui enquadrada propositadamente para fazer um trocadilho), quando vejo um cego não sinto uma vontade imensa de o mandar cantar. Vocês sentem? É que nem se tiver a carteira cheia de dinheiro, eu não me vou chegar ao pé do senhor (a) cego (a), “olhe, cante!”. Não, eu não sou de mandar nas pessoas. Julgo que, nem se visse um cantor espectacular, sei lá, tipo a Amália Rodrigues, eu ia mandar a senhora cantar. É que não ia. Porque raio havia de mandar cantar os cegos? E porquê os cegos? Todos os cegos têm uma voz espectacular é? Nunca conheci os cegos por serem grandes cantores…ainda se fosse um cego especifico,

“não tens dinheiro nem para mandar cantar O cego”

“que cego?”

“aquele cego que canta muito bem, tem uma voz tão bonita”

“é pá pois não, estou tramada, esse cego não canta por menos de 5 tostões”

Acho que assim o diálogo tinha mais sentido, mas ainda assim, porquê que o cego especifico havia de vender a sua voz a troco de dinheiro a uma pessoa qualquer que lhe mandasse? Acho que é um bocado estar a querer ofender os cegos, os cegos não são prostitutas! Não há respeito é o que é, depois queixam-se que o mundo não anda para a frente, e a crise e as pessoas que morrem, e não sei quê. Não têm respeito!

Pois é...

Neste momento, se visse um cego na rua, nem sequer o podia mandar cantar.

Só espero não ver nenhum… Felizmente se vir algum, sempre posso disfarçar, porque à partida não me vão ver.

Desencontros

Disseste-me

(Encontra-te)

e foi isso que fiz, por ti, concentrei-me na procura de mim e por fim, encontrei-me. Aqui estou, tal como pediste, mas entretanto deixei de te ver. Onde estás? Perdi-te. Será? Deste-me tudo para que podesse ser eu, mas agora falta-me o essencial, faltas-me tu. Talvez não me tenha encontrado afinal, eu não posso ser eu se não estiveres aqui.

Disseste-me

(Encontra-te)

E nesse entretanto, desencontrei-te.

9 de dezembro de 2008

Ao de leve...

Pergunto-me se será esta uma prenda antecipada? Pergunto-me se será este o ponto final? Queria comemorar mas tenho medo, um medo maior do que a dor, porque a dor sente-se e ao se sentir conhece-se e sabe-se que das duas uma, ou piora ou desaparece. Mas a ausência, a ausência torna a dor maior, a ausência traz o desconhecido, e a dúvida, será que volta? Será que ainda não é desta, o descanso “do guerreiro”? E com a ausência fica a ansiedade, a angústia, que a paz acabe e recomece tudo de novo. E assim, a dor é substituída pelo medo. Mas não deixa de ser uma felicidade, sem por os pés no chão, sem falar muito, para não estragar a pintura.

Amália, o Filme!


Vi a apresentação uma semana antes da estreia e fiquei com vontade de ver. Pareceu-me um filme muito bem realizado, ao nível internacional, como aliás acredito que seja o caminho dos nossos filmes nos próximos tempos.

Fui ver. Numa 6a à noite. Julguei que ia encontrar a sala de cinema vazia. Qual não é o meu espanto quando vejo que não. A sala foi enchendo e nos entretantos as luzes apagaram-se e o filme começou. De início aquela sensação que o fado me causa, aquela sensação nem sei bem de quê. Até ao fim, a mesma sensação. Até ao fim, os momentos em que me ri, as lágrimas que me surpreenderam. E aquela sensação que o fado me deixa, nem sei bem de quê. Gostei. Gostei do filme. Gostei da Amália, aquela que ali vi. Não sei se o filme é real, só sei que gostei.


"Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais."

Amália Rodrigues

No fundo, este fado diz tudo.

5 de dezembro de 2008

Sitios a visitar

Passeando pelo sapo dei conta disto! Ainda me ri um bom bocado, mas não estava satisfeita, então, partindo desse blog, encontrei este. Bem, e desde então caros amigos, tem sido risota atrás de risota! Muito bom mesmo!!!!

3 de dezembro de 2008

Gosto > Não gosto

Gosto da Anatomia de Grey. Gosto de fado. Gosto da Simone de Oliveira. Gosto do Carlos do Carmos. Gosto do Herman José. Gosto dos bons artistas portugueses, no fundo. Gosto de Portugal nos dias sim. Gosto assim assim de Portugal nos dias não. Gosto de mim. Gosto de bonecos de peluche. Gosto de gatos. Gosto do Pai Natal. Gosto de música calma, que por vezes faz chorar. Gosto de me rir. Gosto de ler, tanto. Gosto de teatro. Gosto de cinema. Gosto de ler crónicas. Gosto das crónicas do António Lobo Antunes, na revista Visão. Gosto do rio. O Tejo, nosso. O Douro. Gosto de paisagens. Gosto de leite com chocolate. Gosto de romance. Gosto de gente. De boa gente. Cansei-me de dar oportunidade a não tão boa gente. Não gosto da gente mesquinha, da gente cínica, da gente egoísta e egocêntrica. Não gosto de gente que fala por falar. Não gosto de encarar a realidade dramática à volta do meu mundo. Não gosto das minhas dores. Não sei se ainda gosto do Natal.