23 de maio de 2008

Confissão

Gostava de ter um sítio onde pudesse sossegar. Parar e reflectir, calmamente. Não tenho pressa mas onde estou, o tempo passa por mim a correr e mesmo sem sítio para onde ir, tenho de o acompanhar. Tenho de me adaptar à passagem do tempo, sem o sentir passar. Tenho em mim a teoria de que estamos sempre sozinhos. Às vezes as palavras não chegam e assim torna-se impossível exprimir o que nos vai cá dentro. Estamos sozinhos porque ninguém está dentro de nós para saber o que sentimos.

Estou sozinha porque ninguém vê a vida com os meus olhos. E ninguém vê o que vejo quando os fecho. Estou sozinha porque me vêem superficialmente. Aquilo que pensam que me faz chorar, é apenas uma parte, uma pequena parte. Estou sozinha porque nunca ninguém viveu a minha vida.

Estou sozinha mas no entanto, tenho gente há minha volta. Gente que espera de mim mais do que dou. Gente que espera que eu diga alguma coisa, mas nada me ocorre. Gente que precisa de mim e que não percebe que eu também preciso.

“Apetece-me dizer-te: No fundo és igual a todos os outros, também tu não me vês!”

4 comentários:

Anónimo disse...

Afinal, kem não xta sozinho?? Podemos ter 1001 pessoas a nossa volta, mas ninguém xta dentro d nós, ninguém sabe o k se paxa dento da nossa cabeça.. é um lugarzinho só nosso.. Portanto, kem está sp cnnsco somos nós próprios.
Mas, kem xta fora cnsegue, alterar mtas vezes o k spaxa ca dentro.. Portanto tb é possivel xtarmos acompanhados.. :)

AFSC disse...

Também já senti o mesmo!!

Ben_santos disse...

Acompanhar o tempo não é uma opção, foi-nos imposto.
Ver o que nos rodeia e processar a informação é diferente para todos nós, o que faz de nós diferentes.

Gostei do texto, faz conexo.

:)

*alma de poderosa* disse...

e um texto a puxar p o kleenex rapariga..mas ha .k manter a esperança d k td mudara um dia..p mlhr!
Pk pa melhor muda-s sp!!
bjinhuxxx