26 de novembro de 2008
Uma vida normal
23 de novembro de 2008
Rasgo...
"- És um cretino!
Bati a porta e saí. Sabendo no entanto que a cretina era eu. Enganei-o. Enganava-o quando lhe dizia que estava bem com uma relação sem compromissos, enganava-o quando dizia que apesar de gostar dele, não me era assim tão importante. E que sim, que ele até podia ter outra e eu outro que isso nem tinha mal nenhum, e que se sentisse à vontade para seguir a vida dele quando quisesse. Não havia problema.
Mas a verdade é que o amei desde o primeiro dia em que o vi. E desde então ele passou a ser a coisa mais importante da minha vida. Não. Ele passou a ser a minha vida. Mas nunca lho disse. Tal como nunca lhe disse que nunca amei ninguém antes dele, que o nosso primeiro beijo foi como se o meu primeiro. Que os dias não eram mais do que horas à espera dele.
Por tudo isso talvez ele não entenda que quando
- Gostei de estar contigo mas acho que devíamos ficar por aqui…
tudo em mim morreu. O meu coração deve ter parado, ou saltou-me para a boca – nem sei bem. Deixei de ver, de pensar, de ouvir. Os meus olhos cheios de lágrimas e ele
- Não entendo porque estás assim!
e eu, porque sim, porque tu és um cretino. E talvez ele não entenda, nunca vá entender o porquê de o ser mas às tantas até vá acreditar que sim, que é um cretino, quando até nem é. Mas que jeito tinha, eu sair a gritar
- Sou uma grande cretina!?"
21 de novembro de 2008
Um dia...
(e será que já não sou?)
20 de novembro de 2008
Às vezes....
18 de novembro de 2008
Fantasia....
O que é a realidade? Onde começa a fantasia? E para quê responder a estas questões? Porque não juntar ambas? Porque não ter dois mundos? O de fora e o de dentro. Existem coisas que embora nos doam, não conseguimos mudar. Será porque queremos ou por completa incapacidade? Será que às vezes apesar de nos doer muito, não fazemos nada para que deixe de nos doer? Pode doer mas não me tira o sono, então continuemos com a dor. Será que está nas nossas mãos deixar de doer?
E aquilo que nos dói mas que mesmo se quisermos, que façamos algo para deixar de doer, não deixa nunca? O que fazer? É legítimo habituarmo-nos à dor? É legítimo fugirmos dela substituindo-a pela fantasia?
Quem sou eu e em que mundo estou? Às vezes esqueço-me, às vezes não estou em lado nenhum. Às tantas o sonho ocupa-me todo o tempo, e com jeito, ainda me esqueço da dor. Dor que nunca desaparece.
Sei que não és real, que não existes sequer, mas por agora, és tudo o que preciso.
17 de novembro de 2008
13 de novembro de 2008
Viver!
Três coisas!
12 de novembro de 2008
Despertar
11 de novembro de 2008
No metro...10 minutos depois!
Hã?!
Nisto...sorrio por instantes...
O que vejo é o que quero. Nisto tenho19 anos outra vez e as dúvidas dissiparam-se.
7 de novembro de 2008
Horas perdidas...
Quantas vezes? Minutos que já são horas, que chegam a ser dias… Um tempo perdido numa infinita espera. E espero. Acrescento mais horas perdidas, e a perda vai crescendo. O tempo gasto à espera, quanto será? E entretanto os dias já não são dias, são horas que se contabilizam pelas esperas. E enquanto isso eu sento-me, invariavelmente, numa ou outra cadeira, à espera. E a espera é infinita. E porquê? Nada justifica. Nada pode justificar. Nada, nem deste mundo, ou de outro, não há nada que justifique as horas perdidas à espera. E eu sentada, numa ou outra cadeira, já não sou nada, sou transparente, e os meus olhos são vazios. E os meus olhos prendem-se na minha ausência. Na minha espera. Chamam-me e eu vou, sorrio porque a cordialidade assim o exige. E eu não sinto nada, a não ser uma parte de mim retirada. E eu não sou nada, apenas tempo à espera. Porque eu, eu já não sou eu, eu sou as horas, os minutos, perdidos, naquela espera.
E para quê? Se a única certeza que tenho, é que nunca vai ficar tudo bem!
3 de novembro de 2008
Isso de ser quem sou...
O existencialismo. Isso de procurarmos o nosso “Eu”, de sabermos quem somos. Utópico, apenas. Uma procura sem fim. Somos o que somos, não nos podemos limitar a uma definição. Interrogo-me muitas vezes acerca de mim, do que sinto, das minhas ideologias. Procuro posicionar-me nalgum lado, como se fosse obrigatório sermos apenas uma coisa. Não sou, cada vez vejo mais que não estou num só lado. Estou em toda a parte.
Desde sempre que nos ensinam, que nos obrigam a tomar partidos, a fazer escolhas. Ensinam-nos a diferença, falam-nos de normalidade. Normalidade que não existe, diferença que nos identifica. Não são permitidas ambiguidades. Obrigam-nos a ter uma opinião concreta sobre tudo e seguirmos o mesmo padrão em todos os pensamentos, porque senão, somos incoerentes. Obrigam-nos a sentir a mesma coisa desde que nascemos, ate morrermos, porque senão somos confusos.
Impõe-nos limites, rótulos, um caminho de um só sentido. Destroem-nos assim, a nossa identidade e a possibilidade de uma alma tranquila.
Eu? Estou em todo o lado. Recuso a posicionar-me num sítio específico. Aquilo que penso hoje, pode não ser o mesmo que penso amanhã. Não sou confusa, sou apenas uma pessoa que se permite sentir, indiscriminadamente, sentir. Quem sou? Apenas o meu nome, o resto invento.
1 de novembro de 2008
A troco de quê?
Fazes nascer em mim o que de pior existe. Fazes crescer em mim uma raiva como julgo impossível sentir. Fazes sentir em mim um ódio de morte. E depois? Depois digo tudo, o que devo e não devo. E são comigo que ficam as palavras que digo, sabes? E de cada vez que me fazes dizer algo pior, será mais uma vez que não durmo por me julgar uma pessoa pior. E depois? Depois às vezes fazes-me ter vontade de morrer, porque a vida não pode ser isto. Porque não aguento muito mais. Há quanto tempo?
A troco de quê?
De cada vez que tento me levantar, algo me empurra para baixo. A história da minha vida.