7 de novembro de 2008

Horas perdidas...

Quantas vezes? Minutos que já são horas, que chegam a ser dias… Um tempo perdido numa infinita espera. E espero. Acrescento mais horas perdidas, e a perda vai crescendo. O tempo gasto à espera, quanto será? E entretanto os dias já não são dias, são horas que se contabilizam pelas esperas. E enquanto isso eu sento-me, invariavelmente, numa ou outra cadeira, à espera. E a espera é infinita. E porquê? Nada justifica. Nada pode justificar. Nada, nem deste mundo, ou de outro, não há nada que justifique as horas perdidas à espera. E eu sentada, numa ou outra cadeira, já não sou nada, sou transparente, e os meus olhos são vazios. E os meus olhos prendem-se na minha ausência. Na minha espera. Chamam-me e eu vou, sorrio porque a cordialidade assim o exige. E eu não sinto nada, a não ser uma parte de mim retirada. E eu não sou nada, apenas tempo à espera. Porque eu, eu já não sou eu, eu sou as horas, os minutos, perdidos, naquela espera.

E para quê? Se a única certeza que tenho, é que nunca vai ficar tudo bem!

1 comentário:

Luis disse...

espero que tenhas deixado de esperar após o post..
beijo
Luis