13 de julho de 2008

Indefinido (a)

"“Às vezes dá-me cada uma…” disse-te isto há coisas de segundos, e deixei-me ficar a pensar… Dão-me muitas, mas muitas das que me dão, direccionam-me sempre para ti… Porque será? Volta e meia as minhas viagens vão ao teu encontro. Sinto-me sempre esquisita depois, primeiro porque não entendo, depois porque sei que não te quero.

E mais uma vez vou-te magoar. Vou-te enganar. Faço-te acreditar que te quero e que me vais ter, para logo depois me afastar, fugir até. Nestas alturas sinto-me má pessoa. Não me sinto apenas, sei que o sou. Estás agora a pedir-me atenção, a pedir-me mais, e eu a pensar numa qualquer desculpa…

Um dia, talvez tenha coragem de te dizer “Não te quero! Nem a ti, nem a ninguém… quero-me apenas a mim e à minha ideia.”

Pode ser que te canses primeiro..."

1 comentário:

Ben_santos disse...

Parece-me um misto de sensações. Por um lado o medo de não querer ficar eternamente sozinho, por outro, o receio de ficar acorrentado a alguém, de dar um passo em frente. Quando reli o texto lembrei de Ricardo Reis...

:)