3 de novembro de 2008

Isso de ser quem sou...

O existencialismo. Isso de procurarmos o nosso “Eu”, de sabermos quem somos. Utópico, apenas. Uma procura sem fim. Somos o que somos, não nos podemos limitar a uma definição. Interrogo-me muitas vezes acerca de mim, do que sinto, das minhas ideologias. Procuro posicionar-me nalgum lado, como se fosse obrigatório sermos apenas uma coisa. Não sou, cada vez vejo mais que não estou num só lado. Estou em toda a parte.

Desde sempre que nos ensinam, que nos obrigam a tomar partidos, a fazer escolhas. Ensinam-nos a diferença, falam-nos de normalidade. Normalidade que não existe, diferença que nos identifica. Não são permitidas ambiguidades. Obrigam-nos a ter uma opinião concreta sobre tudo e seguirmos o mesmo padrão em todos os pensamentos, porque senão, somos incoerentes. Obrigam-nos a sentir a mesma coisa desde que nascemos, ate morrermos, porque senão somos confusos.

Impõe-nos limites, rótulos, um caminho de um só sentido. Destroem-nos assim, a nossa identidade e a possibilidade de uma alma tranquila.

Eu? Estou em todo o lado. Recuso a posicionar-me num sítio específico. Aquilo que penso hoje, pode não ser o mesmo que penso amanhã. Não sou confusa, sou apenas uma pessoa que se permite sentir, indiscriminadamente, sentir. Quem sou? Apenas o meu nome, o resto invento.

1 comentário:

Inês Bexiga disse...

Eu cá acho que o teu blog é um pleonasmo... porque tu és tudo o que te compõe. Portanto essa tua busca do Eu, como toda a gente faz, é isso... na verdade, não procuras saber quem és, porque sabes quem és. Mas procuras saber tudo o que te compõe!

Bjs*****