9 de dezembro de 2008

Ao de leve...

Pergunto-me se será esta uma prenda antecipada? Pergunto-me se será este o ponto final? Queria comemorar mas tenho medo, um medo maior do que a dor, porque a dor sente-se e ao se sentir conhece-se e sabe-se que das duas uma, ou piora ou desaparece. Mas a ausência, a ausência torna a dor maior, a ausência traz o desconhecido, e a dúvida, será que volta? Será que ainda não é desta, o descanso “do guerreiro”? E com a ausência fica a ansiedade, a angústia, que a paz acabe e recomece tudo de novo. E assim, a dor é substituída pelo medo. Mas não deixa de ser uma felicidade, sem por os pés no chão, sem falar muito, para não estragar a pintura.

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