17 de março de 2009

Ser.

No fundo não passo de uma hipócrita, e sei disso. Não sou mais do que ninguém. Mas quando sou menos, quando é a altura de ser tudo o que tenho para ser de mau, sou-o contigo. Mais uma vez. Um de nós vai cair numa armadilha. Sempre foi assim. Um de nós… Foste quase sempre tu. Ninguém sabe mas gosto do prazer de ter fazer mal, porque aquilo que só eu sei, foi o mal que tu me fizeste. E quando me sinto mal com o mundo, e quanto o mundo me dá com os pés eu procuro-te. E de resto, escondo. Só contigo sou capaz dos maiores actos de egoísmo. Só a ti sei usar. Só a ti sei fazer mal. Tu nem desconfias. Acreditas sempre nas minhas palavras doces (às vezes até eu acredito) e depois cais (caímos). Ainda não percebeste que venci quase sempre. Às vezes é como se fosses nada para mim. E eu preciso de me alimentar desse nada. És um nada que me faz falta, já viste a ironia? Não sei viver nas vezes em que te perco, mas não te quero para nada… Quando te procuro deixo de ser eu, e passo a ser o resto. Contigo, sou superior. Desta vez vou até ao fim, desculpa. (...)

No fim, de nós, sou eu que sofro mais.


1 comentário:

*alma de poderosa* disse...

mazinha..
depois e cm dz o ditado "quem semeia ventos colhe tempestades" já dizia o outro ( ms qual outro raios!!!)